Pr. Maurício Simões
Por muito tempo a dança foi excluída dos cultos e
liturgias evangélicas. A escolha das músicas deveriam se paltar pela
sobriedade, elevação do espírito e contenção dos movimentos. O simples bater
dos pés para acompanhar um rítmo já era mal visto.
Como a igreja é um organismo vivo e que busca a liberdade
de adorar, as restrições a dança foram sendo abrandadas pouco a pouco, o que propiciou o surgimento dos
grupos de gestos com suas roupas acetinadas e movimentos comedidos.
Hoje podemos ver um novo avanço da igreja de Cristo: a
instituição da dança como modo de adoração.
E foi nesse ‘novo’ mover que os jovens Betesda,
embalados ao som de Cheio do Espírito
Santo, de Thalles Roberto, deixaram seus corpos leves e soltos para adorar a
Deus no dia 12/07, sábado.
A ousadia apresentada foi recebida com bons olhos pela Missionária Alzira, Presidente de honra, pela Presidente do Ministério, Pastora Margareth e por toda igreja.
A decisão dos jovens em assumir a dança como meio de
adoração e a do ministério em apoiar o trabalho da mocidade retrata uma igreja
engajada em descobrir novas maneiras de fazer as pessoas se relacionarem com
Jesus; saírem felizes deste encontro, além de se descobrirem com desejo de voltar
à igreja no culto seguinte sem a preocupação de terem um problema para Deus
resolver.
O grupo de gesto como precursor do grupo de dança
merece respeito e nota, pois continua existindo e não será substituído, pelo
menos não tão cedo. Isto porque eles tiveram a aceitação do povo e de Cristo e
as novas maneiras de adoração não tornam obsoletas as já existentes.
Por isso estiveram presentes no nosso culto de sábado
e, como sempre, nos seus movimentos bem escolhidos o seu comportamento solene nos levou a adorar a
Deus.
Voltando a dança, claro que há cuidados a serem
tomados. A dança dentro da igreja é instrumento de adoração e este deve sempre
ser o pensamento daqueles que fazem este trabalho.
Agora, vamos aumentar o leque.
Se a dança é liberada dentro da igreja é também
liberada fora dela? Podemos dançar em uma festa?
A resposta continua sendo sim desde que o objetivo
continue sendo o mesmo: adorar a Deus. Assim, em uma festa com músicas evangélicas dançantes
como as do Oficina G3, Katsbarnea, Fernanda Brum e outros, podem ser
dançadas e alegrar a festa com mais essa liberdade, contudo, deve ser evitado
dançar as músicas mundanas pois o objetivo destas não é adorar a Deus, mas
sensualizar.
Mas e os jogos de dança.. Posso?
Sempre que fizermos a pergunta “isso posso?” e a
resposta recair sobre alguma coisa que não seja proíbida pela lei, teremos de
observar o conselho do Apóstolo Paulo: tudo me é lícito, mas nem tudo me
convém.
Passamos então para um julgamento de conviniência e
isto requer saber o que nos convém, ou seja, o que me é adequado. Se não é
adequado dançar músicas do mundo porque esta procura expressar a sensualidade,
não convém dançar os jogos que trazem tais músicas, porque o objetivo de vida
do crente é ser adorador. É nisto que está a nossa alegria e a nossa
força.
Assim, devemos tomar a dança como expressão corporal
voltada para a adoração de Deus, nosso Senhor Jesus Cristo e com ela
evangelizar, se alegrar, interagir com outras pessoas sempre com o cuidado para
não nos confundirmos com o mundo. Seja bem vinda a dança ao seio de nossa igreja
e louvado seja o nome do Nosso Senhor Jesus por meio dela.
Edição: Andréa Barros
Edição: Andréa Barros
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