segunda-feira, 21 de julho de 2014

Louvai ao Senhor com instrumentos sonoros, altissonantes, palmas e ...Dança!?

Pr. Maurício Simões


Por muito tempo a dança foi excluída dos cultos e liturgias evangélicas. A escolha das músicas deveriam se paltar pela sobriedade, elevação do espírito e contenção dos movimentos. O simples bater dos pés para acompanhar um rítmo já era mal visto.

Como a igreja é um organismo vivo e que busca a liberdade de adorar, as restrições a dança foram sendo abrandadas  pouco a pouco, o que propiciou o surgimento dos grupos de gestos com suas roupas acetinadas e movimentos comedidos.

Hoje podemos ver um novo avanço da igreja de Cristo: a instituição da dança como modo de adoração.

E foi nesse ‘novo’ mover que os jovens Betesda, embalados ao som de Cheio do Espírito Santo, de Thalles Roberto, deixaram seus corpos leves e soltos para adorar a Deus no dia 12/07, sábado.

A ousadia apresentada foi recebida com bons olhos pela Missionária Alzira, Presidente de honra, pela Presidente do Ministério,  Pastora Margareth e por toda igreja.

A decisão dos jovens em assumir a dança como meio de adoração e a do ministério em apoiar o trabalho da mocidade retrata uma igreja engajada em descobrir novas maneiras de fazer as pessoas se relacionarem com Jesus; saírem felizes deste encontro, além de se descobrirem com desejo de voltar à igreja no culto seguinte sem a preocupação de terem um problema para Deus resolver.

O grupo de gesto como precursor do grupo de dança merece respeito e nota, pois continua existindo e não será substituído, pelo menos não tão cedo. Isto porque eles tiveram a aceitação do povo e de Cristo e as novas maneiras de adoração não tornam obsoletas as já existentes.

Por isso estiveram presentes no nosso culto de sábado e, como sempre, nos seus movimentos bem escolhidos o  seu comportamento solene nos levou a adorar a Deus.

Voltando a dança, claro que há cuidados a serem tomados. A dança dentro da igreja é instrumento de adoração e este deve sempre ser o pensamento daqueles que fazem este trabalho.

Agora, vamos aumentar o leque.

Se a dança é liberada dentro da igreja é também liberada fora dela? Podemos dançar em uma festa?

A resposta continua sendo sim desde que o objetivo continue sendo o mesmo: adorar a Deus. Assim, em uma festa com músicas evangélicas dançantes como as do Oficina G3, Katsbarnea, Fernanda Brum e outros, podem ser dançadas e alegrar a festa com mais essa liberdade, contudo, deve ser evitado dançar as músicas mundanas pois o objetivo destas não é adorar a Deus, mas sensualizar. 

Mas e os jogos de dança.. Posso?

Sempre que fizermos a pergunta “isso posso?” e a resposta recair sobre alguma coisa que não seja proíbida pela lei, teremos de observar o conselho do Apóstolo Paulo: tudo me é lícito, mas nem tudo me convém.

Passamos então para um julgamento de conviniência e isto requer saber o que nos convém, ou seja, o que me é adequado. Se não é adequado dançar músicas do mundo porque esta procura expressar a sensualidade, não convém dançar os jogos que trazem tais músicas, porque o objetivo de vida do crente é ser adorador. É nisto que está a nossa alegria e a nossa força. 


Assim, devemos tomar a dança como expressão corporal voltada para a adoração de Deus, nosso Senhor Jesus Cristo e com ela evangelizar, se alegrar, interagir com outras pessoas sempre com o cuidado para não nos confundirmos com o mundo. Seja bem vinda a dança ao seio de nossa igreja e louvado seja o nome do Nosso Senhor Jesus por meio dela. 

Edição: Andréa Barros

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