segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Continuação: Porque precisamos ser parte de uma igreja de Cristo [2]

Parte 2


Ler a bíblia diariamente é um dever e um prazer para todos aqueles que amam a Deus, mas se não estivermos debaixo dos ensinamentos dados ao corpo de Cristo tendemos a interpretar a bíblia de forma errada. Prova disso é o distanciamento da pessoa com o corpo de Cristo.

Também temos um fundamento bíblico para esta visão. Em Atos 8 Deus providenciou o encontro entre Felipe e um Etíope, homem estudado e que lia o livro de Isaías. 

Vejamos esse encontro:

E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te, e vai para o lado do sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserta.
E levantou-se, e foi; e eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros, e tinha ido a Jerusalém para adoração,
Regressava e, assentado no seu carro, lia o profeta Isaías.
E disse o Espírito a Filipe: Chega-te, e ajunta-te a esse carro.
E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês?
E ele disse: Como poderei entender, se alguém não me ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse.

Atos 8:26-31

Com a passagem acima fica evidente que mera leitura da bíblia não capacita o homem para entendê-la, mas a leitura associada ao ensinamento da parte de um homem de Deus, não só capacita o leitor a interpretá-la, como também proporciona mudança de vida.

Quem interpreta a bíblia de forma correta, logo percebe que a igreja surge com a comunhão de pessoas.  Reuniões em templos, lares, catacumbas, prisões; onde pudessem, por conta das proibições romanas. Buscavam com essas reuniões a comunhão, a qual se expressava e se expressa por meio dos cultos, nos quais eram e são ministrados louvores, orações, pregações, ensinamentos, ofertas, dízimos, além do atendimento aos necessitados e às viúvas.

Outro argumento bíblico que nos faz entender a necessidade de congregar e de se submeter a uma doutrina está no próprio fato de partilharmos o corpo de Cristo. Disse Jesus que “aquele que não come da minha carne e não bebe do meu sangue não tem parte comigo”.

Ora, se queremos ter parte com Cristo precisamos ser participantes da Santa Ceia do Senhor. A participação só dá legitimidade se houver comunhão entre os membros da igreja. Assim, fazemos parte do corpo de Cristo.



Segundo os ensinamentos do Apóstolo Paulo em I Coríntios 11 v 23 em diante, havendo dissensão na ceia do Senhor, o dissidente come e bebe para sua própria condenação.

O dissidente é a pessoa que anseia por autonomia, quer desligar-se da doutrina e, por conseguinte, afastar-se do corpo de Cristo.


Além de dissidente é também, contencioso, pois busca os seus próprios interesses, que na verdade são os interesses da carne, o qual se expressa pela arrogância de não querer se submeter àqueles que foram escolhidos por Deus para exercerem a mais digna das profissões: o pastorado.


Continua na próxima semana.

Fiquem na paz.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Porque precisamos ser parte de uma igreja de Cristo

Parte 1 

A citação bíblica “alegrei-me quando me disseram: vamos à casa do Senhor”, Salmo 122, não mais comove o coração de muitos evangélicos.

Tais cristãos têm como lema não estar sujeito às doutrinas de homens, mas apenas a Deus, e, assim, acreditam que estar associado a um Ministério e sujeitarem-se às regras por ele imposta, contrariaria sua maneira de enxergar o Evangelho.

Alguém disse que a parte sem o todo não é parte e não sendo mais parte é o todo. Explico: Sendo a igreja o corpo de Cristo, a pessoa dentro da igreja é parte do corpo de Cristo. Sendo crente e não estando ligado a um Ministério, se supõem parte do corpo santo de nosso Redentor, mas parte não é, pois está sozinho, sendo, portanto, um “todo” sem Deus.

Isto porque aquele que está diante de Deus e busca as coisas de Deus, procura aprender de Cristo como ser um servo fiel para ser parte do corpo de Cristo, e, este conhecimento só é possível quando estamos sujeitos às doutrinas ensinadas nas igrejas, as quais servem de diretrizes para uma vida saudável no evangelho.


Em João 15 Jesus diz que ele é a videira verdadeira e nós somos os ramos. Com esse ensinamento Cristo deixa clara a necessidade de estarmos ligados a uma instituição chamada igreja e o dever de se subordinar a sua doutrina, como se doutrina do próprio Jesus fosse, uma vez que a igreja possui procuração de Jesus para pregar, ensinar, curar e congregar suas ovelhas.

Ao fazer comparação com a videira, Jesus ensina que devemos nos alimentar da videira verdadeira. Somos, pois, os ramos, e assim, devemos nos alimentar da seiva da videira, que é Cristo. A seiva são os ensinamentos extraídos da bíblia pelos pastores, por meio da ação do Espírito Santo. O qual os leva a interpretação necessária e adequada a necessidade da igreja.

A igreja é a reunião de pessoas com o mesmo objetivo, ou seja, adorar a Deus. Sendo assim, a igreja passa a ter uma mesma visão de como ser um verdadeiro adorador a fim de chegar mais perto de Deus e conseguir sua atenção e bênçãos.

Muitos se enganam acreditando que podem extrair conhecimento da bíblia por realizar a leitura dela diária sem ir à igreja.


Continua na próxima semana.
Fiquem na paz.

Texto: Pr. Maurício Simões
Edição: A. Barros

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

O filho pródigo da modernidade

Um dia resolvi conhecer o mundo. Saí de casa ainda cedo e, por ser de uma família abastada, não tinha com o quê me preocupar.

Peguei minhas economias, passaporte, fiz as malas e parti.

Primeiro mês Europa, segundo, Turquia, e no decorrer dos anos fui viajando para os lugares mais lindos e exóticos do mundo e, mesmo voltando para as cidades por onde eu já tinha estado outras vezes, sempre descobria coisas novas.

Quando eu me via sem dinheiro eu ligava para meu pai, conversava com ele alguns minutos, tempo suficiente para lhe dizer do que ou de quanto precisava.

Meu pai nunca me faltou. Mas toda vez que eu ligava para casa, ele me pedia para voltar e passar um tempo com ele, pois estava com saudades e queria me ver, conversar, saber quais foram minhas experiências.

Eu não queria voltar, pois, o mundo é tão lindo e tem tanta coisa para se ver e eu tanto para viver, aprender, curtir. Voltar para casa de meu pai era como deixar de viver. Acreditava que voltar para junto de minha família era se entregar a uma vida monótona e sem graça que há muito havia deixado.

O tempo passou e eu simplesmente fui curtindo a vida. Tinha dinheiro, saúde, e muita disposição para viver, tudo o que o mundo me proporcionava.

Fiquei mais de dez anos sem ligar para meu pai, pois rigorosamente entrava o dinheiro em minha conta. Eu não perguntava nada, não queria saber dos sacrifícios de que meu pai fazia por mim. Eu era o centro e o mundo orbitava a minha volta com suas delícias e prazeres. Gastei até o último centavo que recebi. Consumi todas as minhas energias. Vive o que me foi posto para viver.

Quando me vi em apuros financeiros, fui ao banco diversas vezes saber se havia alguma coisa errada, pois não era possível que meu pai tivesse deixado de depositar o dinheiro.

Liguei uma, duas, três vezes para a casa dele, mas ninguém atendeu. Insisti e nada. Reuni, com alguns amigos, dinheiro suficiente para voltar para casa de meu pai a fim de brigar com ele por ter me deixado na penúria.

Quando cheguei em casa descobri que meu pai havia me deixado. Pior, havia me deixado sem nenhum bem.

Tive um acesso de raiva contra ele por causa disso. Como ele podia ter feito aquilo comigo? Como podia me abandonar e me deixar sem ter como viver?

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A história acima é fictícia, mas mostra como é a relação do homem com Deus.

No mundo, mesmo para aqueles que não frequentam a igreja, Deus tem uma bênção, porém, ele quer que nós tomemos a iniciativa de procurá-lo, de estar junto a ele sem interesse. Por amor.
Mas o homem teima em querer viver o mundo, curtir, conhecer, conhecer e nunca saber. Teima em viver no lema: só sei que nada sei.
Assim como aquele pai, regularmente, depositava o dinheiro para o filho viver a vida, Deus diariamente nos dá todas as condições de vivermos, trabalharmos, curtir a vida, mesmo que seja longe Dele.
Agora, saiba que um dia Deus não estará mais com o homem. Ele retirará a sua glória da terra e o homem padecerá grandes dores. O homem irá procurar Deus para suprir as suas necessidades e não O encontrará.
Somente estará com Deus aqueles que diariamente o procuraram, que se empenharam em ser seus servos, pois estes, por meio do Sangue de Cristo e sua dedicação em conhecer Deus, se tornaram filhos do Deus Altíssimo.
Estes são os que encontraram seu prazer em estar na igreja, fazendo parte do mover de Deus, se tornando filhos de Deus no sangue e na alma, que de tanto andar com Cristo ganharam a semelhança Dele.
Não perca seu tempo na busca do que perece. Busque a presença de Deus, pois ela, a qualquer momento e por mil anos, não estará aqui.
Busque o Senhor enquanto se pode achar.
A Igreja Betesda e tantas outras denominações estão abertas para que você tenha um encontro com o Pai, com o Deus todo poderoso. Estamos esperando por você.

Att. Pr. Maurício Simões.
Igreja Betesda, Av. Massao Watanabe, 533, Jd. Santa Cruz, São Paulo-SP
Além de nossas igrejas em Jacareí, São Mateus e Jaraguá.
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Maurício Simões é pastor, vice-presidente da Igreja Evangélica Pentecostal Betesda, 
conferencista, e, também advogado trabalhista e civil.

Contatos:
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