domingo, 23 de agosto de 2015

Marta, Marta!


Marta, o inesperado aconteceu e agora parece que nem Jesus pode lhe prestar socorro. 

Antes do fim, quando a esperança cambaleava no fio da vida, clamou por Jesus, mandou chamá-lo, mas Ele não veio - agora a única presença constante são as lágrimas e o desânimo.

Eis aí você, indignada Marta, cabisbaixa e sem coragem para clamar mais uma vez, envolvida em silêncio e dor.

Ouça, Marta. Alguém te chama à porta:

- Marta, Marta!?

Aí vai você meio sem vontade de atender a porta. Aí vai você, desolada Marta.

Levanta-se devagar e vai ver quem chama.

Por fim, abre a porta e se depara com Jesus. Finalmente o Mestre chegou, mas já é tarde - Mesmo conhecendo muito bem do que Ele é capaz de fazer, a mágoa por ver tudo perdido faz imperar a dúvida.

Triste Marta! Jesus chegou e você não sabe mais como recebê-lo.

Então, oh, desconsolada Marta, tenta desesperadamente disfarçar a decepção por Ele não ter chegado antes, não ter abençoado antes, não ter impedido o pior.

Ainda na porta Ele pergunta:

- Posso entrar?

Agora, você dá passagem para que Cristo entre e diz:

- Não repare a bagunça, ainda não tive ânimo de organizar tudo (enquanto ele entra você começa a arrumar a casa, pensando... “preciso arrumar tudo, limpar e deixar o altar perfeito... Como fui deixá-lo me ver assim ou entrar aqui e ver  esta bagunça toda”).

Como quem sussurra você diz, desesperançada Marta:

- Ah! Senhor, se estivesse aqui isso não teria acontecido! 

Com olhos marejados de lágrimas e transbordando amor, Jesus te olha, segura suas mãos e te diz que Ele é a esperança e a vida, que basta crer e verá a glória de Deus.

Você não põe fé, incrédula Marta, e continua tentando disfarçar e ajeitar as coisas que ainda estão fora do lugar.

Jesus pede para ver o sepulcro, o lugar onde está sepultado o objeto de seu desespero.

Chegando ali, Ele determina que removam a tampa da cova. Você reluta, para evitar que o odor da putrefação te invada e aumente a sua dor. Ao olhar para aquilo, acredita que o melhor é se conformar e deixar as coisas como estão.

Contudo, a voz do Mestre é imperativa e deve ser obedecida.

Por fim, resoluta, Marta, você abre o sepulcro e se afasta um pouco. O Mestre Jesus tão somente ordena: Venha para fora e, então, diante dos seus olhos, maravilhada Marta, o objeto de seu desespero vem ao seu encontro: não há mais odor, mas, olor suave; não há mais podridão, mas a fisionomia  restaurada e melhorada pela Glória de Deus.    


                                                                                                                                                             
Ah, Martas do século 21! 
Perdem tempo com coisas mundanas e se esquecem de simplesmente crer.

Jesus chegou e mesmo que você esteja em meio a uma bagunça creia que Ele não irá te acusar: Ele chegou para resolver o seu problema.

Ao invés de gastar seu tempo tentando impressioná-lo com obras ou com sua aparência olhe para ele, receba-o com o coração aberto e o adore.

É só isso que o Senhor requer: adoração.

Há muita coisa para se fazer, porém, em meio as lutas e provações não serão as suas ações que mudarão a situação, mas a sua fé.

Lembre-se que as bênçãos vêm pela graça de Deus e não por merecimento. 

Pare de tentar impressionar o Senhor, Ele te conhece e sabe do que você precisa.

Simplesmente olhe para ele, receba-o com o coração aberto, adore-o, louve e creia que o milagre que precisa acontecerá.




Texto: Barbara Cristiano

Edição: Maurício Simões

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Cristo Redentor

de Max Lucado

Pouco mais de vinte e sete metros de altura. Mil trezentas e vinte toneladas de concreto armado. Posicionada numa montanha dois mil e quatrocentos metros acima do nível do mar. E a famosa estátua do Cristo Redentor que se eleva acima da cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.

Não há turista que vá ao Rio e não serpenteie ladeira acima no Corcovado para ver esse agigantado monumento. Apenas a cabeça tem quase três metros de altura. A envergadura de ponta a ponta dos dedos — quase vinte metros.

Quando morei no Rio, vi a estátua dezenas de vezes. Mas nenhuma vez me impressionou tanto quanto a primeira.

Eu era estudante universitário passando férias no Brasil. Exceto por escapadelas através da fronteira mexicana, esta era a minha primeira viagem fora dos Estados Unidos. Conhecia esse monumento apenas por meio da revista National Geographic.

Iria descobrir que nenhuma revista pode verdadeiramente captar o esplendor do Cristo Redentor.

Abaixo de mim estava o Rio. Sete milhões de pessoas fervilhando nas luxuriantes montanhas verdes que se precipitam no azul vivo do Atlântico. Atrás de mim estava a estátua do Cristo Redentor. Enquanto olhava a gigantesca estátua através de minha lente telefoto, duas ironias me chamaram a atenção.

Não podia deixar de notar os olhos cegos. Ora, sei o que você está pensando — todas as estátuas têm olhos cegos. Você está certo, têm mesmo. Mas é como se o escultor dessa estátua tivesse tencionado que os olhos fossem cegos. Não há pupilas para sugerir visão. Não há círculos para sugerir vista. Há apenas aberturas bem arredondadas.

Abaixei a máquina fotográfica até a cintura. Que espécie de redentor é este? Cego? Olhos fixos no horizonte, recusando-se a ver a massa do povo a seus pés?

Vi a segunda ironia quando novamente ergui a minha má-quina. Fui acompanhando as feições para baixo; passei pelo nariz forte, passei pelo queixo proeminente, passei pelo pescoço. Meu foco se deteve no manto da estátua. No lado de fora do manto está um coração. Um coração bem curvo. Um coração simples.

Um coração de pedra.

O simbolismo involuntário me abalou. Que espécie de redentor é este? Coração feito de pedra? Mantido firme, não com paixão e amor, mas com concreto e argamassa. Que espécie de redentor é este? Olhos cegos e coração de pedra?

Desde então aprendi a resposta à minha própria pergunta: Que tipo de redentor é esse? Exatamente a espécie de redentor que a maioria das pessoas tem.

Oh, a maioria das pessoas não admitiria que tem um redentor cego e com um coração de pedra. Mas olhe com mais atenção.

Para alguns, Jesus é um amuleto para dar sorte. O "Redentor Pata de Coelho". Tamanho de bolso. Conveniente. Facilmente empacotável. Facilmente compreendido. Facilmente diagramado. Pode-se colocar seu retrato na parede ou pode-se colocá-lo na carteira como seguro. Pode-se emoldurá-lo. Dependurá-lo no espelho retrovisor ou colá-lo no painel de instrumentos.

A especialidade desse redentor? Livrá-lo de uma enrascada. Precisa de um lugar para estacionar? Esfregue o redentor. Precisa de ajuda num teste? Tire para fora a pata de coelho. Não é preciso ter um relacionamento com ele. Não é preciso amá-lo. Apenas mantê-lo no bolso perto do seu trevo de quatro folhas.

Para muitos, ele é um "Redentor Lâmpada de Aladim". Novos empregos. Cadilaques cor-de-rosa. Cônjuges novos e melhorados. Seu desejo é uma ordem para ele. E melhor ainda, ele convenientemente volta para dentro da lâmpada quando você j á não o quer por ali. Para outros, Jesus é um "Redentor Silvio Santos". "Está bem, Jesus, façamos um trato. Cinqüenta e dois domingos por ano, colocarei uma fantasia — paletó e gravata, chapéu e meias — e aguentarei qualquer sermão que jogar para o meu lado. Em troca, você me dá a graça que fica atrás do portal de pérola número três."

O Redentor Pata de Coelho. O Redentor Lâmpada de Aladim. O Redentor Sílvio Santos. Poucas exigências, nenhum desafio. Nenhuma necessidade de sacrifício. Nenhuma necessidade de dedicação.

Redentores sem vista e sem coração. Redentores sem poder. Não é assim o Redentor do Novo Testamento.


Compare o Cristo cego que vi no Rio com o Cristo compassivo visto por uma mulher amedrontada certa madrugada em Jerusalém (João 8:1-11).


Raia o dia. O sol nascente estende um cobertor dourado por sobre as ruas da cidade. Diamantes de orvalho agarram-se às folhinhas de grama. Um gato se espreguiça ao despertar. Os ruídos são esparsos.

Um galo entoa seu recital matutino.

Um cão ladra para dar as boas vindas ao dia.

Um camelô desce a rua arrastando os pés, seus artigos às costas.

E um jovem carpinteiro fala no pátio do Templo.

Jesus está sentado, cercado por um grupo de ouvintes. Alguns movem as cabeças assentindo e abrem os corações em obediência. Aceitaram o mestre como seu mestre e estão aprendendo a aceitá-lo como seu Senhor.

Outros são curiosos, querem crer, mas estão desconfiados desse homem cujas reivindicações forçam tanto os limites da crença.

Quer curiosos, quer convencidos, eles ouvem atentamente. Levantaram-se cedinho. Havia algo com relação às palavras dele que era mais confortador do que o sono.

Não sabemos qual o seu tópico naquela manhã. Oração, talvez. Ou talvez bondade ou ansiedade. Mas fosse qual fosse, logo foi interrompido quando um bando de gente invadiu o pátio.

Determinados, eles irrompem de uma rua estreita e dirigem-se a Jesus pisando duro. Os ouvintes se amontoam para abrir-lhes caminho. A horda é constituída de líderes religiosos, os presbíteros e diáconos daquela época. Homens respeitados e importantes. E lutando para manter o equilíbrio na crista dessa onda bravia encontra-se uma mulher semi-despida.

Apenas momentos antes, estivera na cama com um homem que não o seu marido. Era assim que ela ganhava a vida? Talvez sim. Talvez não. Talvez o marido tivesse partido, seu coração estivesse solitário, o toque do estranho fosse cálido, e antes que pudesse perceber o que fazia, ela o havia feito. Não sabemos.

Mas sabemos que uma porta foi aberta à força e ela foi arrancada de uma cama. Mal teve tempo de cobrir o corpo antes de ser arrastada para a rua por dois homens da idade de seu pai. Que pensamentos lhe percorriam a mente enquanto ela se debatia para manter-se em pé?

Vizinhos curiosos enfiavam as cabeças por janelas abertas. Cães sonolentos ladravam para o tumulto.

E agora, com passadas decididas, a turba se precipita para o mestre. Jogam a mulher na sua direção. Ela quase cai.

— Encontramos esta mulher na cama com um homem! — Brada o líder. — A lei diz para apedrejá-la. O que o senhor diz?

Arrogantes com coragem emprestada, eles dão um sorrizinho afetado enquanto observam o rato ir atrás do queijo.

A mulher esquadrinha os rostos, faminta por um olhar compassivo. Não encontra nenhum. Pelo contrário, só vê acusação. Olhos semicerrados. Lábios apertados. Dentes rangendo Olhares que sentenciam sem ver.

Corações de pedra, frios, que condenam ser sentir.

Ela abaixa o olhar e vê pedras nas mãos deles — as pedras da justiça cujo propósito é o de, com pedradas, arrancar-lhe a lascívia do coração. Os homens apertam-nas tanto que as pontas dos dedos ficam brancas. Apertam-nas como se as pedras fossem o pescoço desse pregador que eles odeiam.


Em seu desespero, ela olha para o Mestre. Os olhos dele não têm o brilho feroz. "Não se preocupe," sussurram aqueles olhos, "está tudo bem." E pela primeira vez aquela manhã, ela vê bondade.

Quando Jesus a enxergou, o que viu? Viu-a como um pai vê a filha crescida ao entrar na igreja rumo ao altar nupcial? A mente do pai volta correndo pelo tempo, vendo sua menina crescer novamente — das fraldas às bonecas. Das salas de aula aos namorados. Da festa de formatura ao dia do casamento. O pai vê tudo isso ao olhar para a filha.

Quando Jesus olhou para essa filha, será que sua mente correu de volta no tempo? Será que ele reviveu o ato de formar essa filha no céu? Será que ele a via como a criara originalmente? O que deseja que façamos com ela?

Ele poderia ter perguntado por que não haviam trazido o homem. A Lei o condenava da mesma forma. Ele poderia ter perguntado porque estavam subitamente tirando o pó de uma velha ordem que havia ficado nas prateleiras por séculos. Mas não o fez.

Apenas ergueu a cabeça e falou:

— Acho que, se nunca cometeram um erro, têm o direito de apedrejar esta mulher. Voltou para baixo o olhar e começou a desenhar na terra outra vez.

Alguém pigarreou como que para falar, mas ninguém falou. Pés se arrastaram. Olhos baixaram. Então ploque...ploque.. . ploque... pedras caíram ao chão.

E eles se afastaram. A começar pelo de barba mais branca e terminando com o de mais preta, eles se voltaram e partiram. Chegaram como se fossem um, mas se retiraram um a um. Jesus disse à mulher que erguesse o olhar.

— Não há ninguém para condená-la? — Ele sorriu quando ela ergueu a cabeça. Ela não viu ninguém, apenas pedras — cada qual uma lápide em miniatura para marcar o túmulo da arrogância de um homem.

— Não há ninguém para condená-la? — ele havia perguntado. Ainda existe um que pode fazê-lo, pensa ela. E ela se volta para ele.

O que ele deseja? O que fará?

Talvez ela esperasse que ele a censurasse. Talvez esperasse que ele se afastasse dela. Não estou certo, mas uma coisa eu sei: O que ela recebeu era algo que jamais esperava. Recebeu uma promessa e uma ordem.

A promessa: "Então nem eu tampouco a condeno."

A ordem: "Vá e não peque mais."

A mulher volta-se e caminha para o anonimato. Ninguém mais a vê ou ouve falar dela. Mas de uma coisa podemos ter certeza: naquela manhã em Jerusalém, ela viu Jesus e Jesus a viu. E se pudéssemos de alguma forma transportá-la ao Rio de Janeiro e permitir que ela se postasse à base do Cristo Redentor, sei qual seria a sua reação.

— Esse não é o Jesus que vi — diria ela. E estaria certa. Pois o Jesus que viu não tinha coração duro. E o Jesus que a viu não tinha olhos cegos.

Contudo, se pudéssemos de algum modo transportá-la ao Calvário e permitir que ela se postasse à base da cruz. . . você sabe o que ela diria. "É ele", murmuraria. "É ele." 

Ela lhe reconheceria as mãos. As únicas mãos que não haviam segurado pedras naquele dia foram as dele. E também nesse dia não seguram pedras. Ela lhe reconheceria a voz. E mais áspera e mais fraca, mas as palavras são as mesmas: "Pai, perdoa-lhes. . ." E lhe reconheceria os olhos. Como poderia jamais esquecer-se daqueles olhos? Límpidos e cheios de lágrimas. Olhos que a viam não como era, mas como deveria ter sido.


– do livro “Seis Horas de uma Sexta-Feira” de Max Lucado, Copyright Editora Vida (1994).


http://www.iluminalma.com/vec/1504/04-cristo-redentor.html



segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Palavra do pastor: A impossibilidade de conciliação dos velhos hábitos com o evangelho de Cristo


Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha, porque semelhante remendo rompe a roupa, e faz-se maior a rotura.

Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás rompem-se os odres, e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; mas deita-se vinho novo em odres novos, e assim ambos se conservam.

Mateus 9:16,17


 Pr.Maurício Simões



Jesus nos fala, em Mateus 09 versículos 16 e 17, da impossibilidade de se fazer um remendo novo em pano velho e, ainda, de deitar vinho novo em odre velho.

Assim, Ele nos ensina que não devemos conservar os velhos costumes, aqueles adquiridos pela nossa vivência neste mundo, diante do evangelho. Este, o evangelho de Cristo, é o novo e provém de uma natureza espiritual, ou seja, divina.

Para compreendermos melhor este assunto, façamos a seguinte comparação:

Imagine que uma pessoa precise de um transplante de coração, porque o dela está prestes a enfartar. Estando essa pessoa em casa, o telefone toca. Ela atende e recebe a notícia de que há um coração novo para ela e que o transplante será realizado.

Digamos, somente por ilustração, que os médicos deixaram de realizar os exames necessários, para verificar se o coração do doador era compatível com a pessoa que iria recebê-lo.

Terminada a operação de transplante, que para a equipe foi um sucesso; e estando toda família comemorando, o coração novo simplesmente deixa de funcionar, porque não é reconhecido pelo corpo do transplantado, havendo total rejeição ao novo órgão. Consequência: morte do paciente transplantado.


A natureza humana está acostumada com o pecado e, se apenas enxertarmos o evangelho em nossa vida, como a exemplo do remendo novo em tecido velho ou como vinho novo em odre velho ou, ainda, como um coração transplantado incompatível, a função do evangelho, que é dar nova vida aquele que nele crê; não se concretizará. O resultado será o mesmo do exemplo acima: o transplantado morrerá.

Para que o evangelho se torne eficaz e produza nova vida, Jesus nos diz que é importante sermos novas criaturas, ou seja: devemos nascer do Espírito, adquirindo, dessa maneira, uma natureza divina, compatível com o evangelho.

Mas estamos neste mundo e a natureza humana nos aflige. Isto ocorre porque a partir do nascimento para Cristo, que nos torna seres espirituais, os “anticorpos” do mundo natural nos atacam, nos rejeitam, porque não nos reconhecem mais. Tornamos-nos para o mundo um órgão incompatível.

Diante deste impasse, nos resta lembrar que estamos no mundo, mas não somos dele. Somos de Cristo, nossa natureza é espiritual.

Entendendo que temos uma natureza espiritual, o Apóstolo Paulo nos diz em Romanos 12 v 2: “não voz conformei com este mundo, mas antes transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possam entender a vontade de Deus”.

Ao aceitarmos Cristo e nos tornarmos cidadãos do céu, o mundo, que não quer perder sua influência sobre nós, quando percebe que há um novo órgão, neste caso o evangelho, pulsando dentro do corpo humano, busca criar anticorpos chamados “isso não tem nada há ver” e atacam o evangelho para expulsá-lo de dentro do novo homem.

 O “isso não tem nada há ver” representa uma das maiores causas de abandono da fé. Falo isso por vivência pastoral e não por estudos teológicos: desviar-se da fé está no conflito entre os costumes do mundo, trazidos e arraigados na pessoa humana, e os novos hábitos de uma vida Cristã.

Então a pergunta é: há algum meio de se viver as duas vidas, a do mundo e a do evangelho, sem perder o melhor das duas vidas?

A resposta é e sempre será: não. Não há compatibilidade. O evangélico que passa a cobiçar o mundo se esvazia de Deus e, a cada dia, se afasta mais dos princípios cristãos, até que, finalmente, haverá um rompimento, pois a vida no evangelho não suporta a vida no mundo, de modo que ambas se estragam: não se vive plenamente o evangelho de Cristo e não vive plenamente o mundo.

Se até hoje você teve dúvidas de como seguir o evangelho, te dou um conselho de amigo: abrace os ensinamentos de Cristo e siga-os com toda segurança, deixe o mundo e seus costumes. É reconhecendo-se como um ser espiritual, que está neste mundo, mas não pertence a ele e, lembrando sempre, que o evangelho de Cristo te constituiu uma nova criatura e te deu o poder de ser chamado filho de Deus que você passará a viver uma vida plena e verdadeira. Deixe que os ensinamentos de Cristo renovar sua vida e, assim, dê essa chance a você mesmo de viver o que é novo em sua plenitude.

Portanto, viva o evangelho de Cristo em sua totalidade, viva-o em todos os seus contornos e limites, viva-o plenamente e renove-se pela transformação do Espírito, para entender a justa, perfeita e agradável vontade de Deus em sua vida.

Repita a seguinte oração:

Senhor, eis aqui um coração esvaziado das coisas do mundo e que quer ser preenchido pela Tua palavra. Coloque em mim, Senhor Jesus, a tua novidade e me faça pleno em alegria e consistência. Eu sou seu Jesus e a tua doutrina será sempre a minha forma de vida, pois sei que és a única maneira de se viver eternamente.

Amém.

Edição : A. Barros