Marta, o inesperado aconteceu e agora parece que nem
Jesus pode lhe prestar socorro.
Antes do fim, quando a esperança cambaleava no fio
da vida, clamou por Jesus, mandou chamá-lo, mas Ele não veio - agora a única
presença constante são as lágrimas e o desânimo.
Eis aí você, indignada Marta, cabisbaixa e sem
coragem para clamar mais uma vez, envolvida em silêncio e dor.
Ouça, Marta. Alguém te chama à porta:
- Marta, Marta!?
Aí vai você meio sem vontade de
atender a porta. Aí vai você, desolada Marta.
Levanta-se devagar e vai ver
quem chama.
Por fim, abre a porta e se depara com Jesus. Finalmente
o Mestre chegou, mas já é tarde - Mesmo conhecendo muito bem do que Ele é capaz
de fazer, a mágoa por ver tudo perdido faz imperar a dúvida.
Triste Marta! Jesus chegou e você não sabe mais como
recebê-lo.
Então, oh, desconsolada Marta, tenta
desesperadamente disfarçar a decepção por Ele não ter chegado antes, não ter
abençoado antes, não ter impedido o pior.
Ainda na porta Ele pergunta:
- Posso entrar?
Agora, você dá passagem para que Cristo entre e diz:
- Não repare a bagunça, ainda não tive ânimo de
organizar tudo (enquanto ele entra você começa a arrumar a casa, pensando... “preciso arrumar tudo, limpar e deixar o
altar perfeito... Como fui deixá-lo me ver assim ou entrar aqui e ver esta bagunça toda”).
Como quem sussurra você diz,
desesperançada Marta:
- Ah! Senhor, se estivesse aqui
isso não teria acontecido!
Com olhos marejados de lágrimas e transbordando
amor, Jesus te olha, segura suas mãos e te diz que Ele é a esperança e a vida,
que basta crer e verá a glória de Deus.
Você não põe fé, incrédula Marta, e continua
tentando disfarçar e ajeitar as coisas que ainda estão fora do lugar.
Jesus pede para ver o sepulcro, o lugar onde está sepultado
o objeto de seu desespero.
Chegando ali, Ele determina que removam a tampa da
cova. Você reluta, para evitar que o odor da putrefação te invada e aumente a
sua dor. Ao olhar para aquilo, acredita que o melhor é se conformar e deixar as
coisas como estão.
Contudo, a voz do Mestre é imperativa e deve ser
obedecida.
Por fim, resoluta, Marta, você abre o sepulcro e se
afasta um pouco. O Mestre Jesus tão somente ordena: Venha para fora e, então,
diante dos seus olhos, maravilhada Marta, o objeto de seu desespero vem ao seu
encontro: não há mais odor, mas, olor suave; não há mais podridão, mas a
fisionomia restaurada e melhorada pela
Glória de Deus.
Ah, Martas do século 21!
Perdem tempo com coisas mundanas e se esquecem de
simplesmente crer.
Jesus chegou e mesmo que você esteja em meio a uma
bagunça creia que Ele não irá te acusar: Ele chegou para resolver o seu
problema.
Ao invés de gastar seu tempo tentando impressioná-lo
com obras ou com sua aparência olhe para ele, receba-o com o coração aberto e o
adore.
É só isso que o Senhor requer: adoração.
Há muita coisa para se fazer, porém, em meio as
lutas e provações não serão as suas ações que mudarão a situação, mas a sua fé.
Lembre-se que as bênçãos vêm pela graça de Deus e
não por merecimento.
Pare de tentar impressionar o Senhor, Ele te conhece
e sabe do que você precisa.
Simplesmente olhe para ele, receba-o com o coração
aberto, adore-o, louve e creia que o milagre que precisa acontecerá.
Texto: Barbara Cristiano
Edição: Maurício Simões
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